Cada um de nós gostaria de não sobreviver à morte do outro. Muitas vezes dissemos um ao outro que, no caso impossível de termos uma segunda vida, queríamos passá-la juntos.
Carta a D., André Gorz, 2006
Cada um de nós gostaria de não sobreviver à morte do outro. Muitas vezes dissemos um ao outro que, no caso impossível de termos uma segunda vida, queríamos passá-la juntos.
Carta a D., André Gorz, 2006
Fui uma jovem muito mais interessante do que esta adulta em que me tornei...
[...] my advice is to go out and save the world. Smile and say ‘hello’ to the mean old bastard who lives next door, or the cranky cow at the corner shop, for they suffer too, and watch this small act of unsolicited kindness gather momentum and begin its journey around the world – watch it thunder and roar through the ages and change the nature of the cosmos itself.
O último Maio (e o Junho...) foi um mês muito complicado para mim - essa complexidade deveu-se, quase exclusivamente, à carga de trabalho. No primeiro dia de Junho, ainda a ressacar do meu recente aniversário, publiquei na minha conta de Instagram uma fotografia que ia ser acompanhada por um pequeno texto que comecei a escrever, mas abandonei. A legenda acabou por ser simplesmente "Maio foi (ma)duro.".
O texto, por finalizar, era este,
Chorei mais do que a média nacional. A maior parte das vezes, só porque sim. Roubei demasiadas horas ao sono. Caí para o lado de cansaço. Procurei agarrar-me às pequenas coisas, mas nem sempre elas aguentaram o meu peso. Perdi a paciência para as pessoas (nunca para os animais). Perdi a fé na humanidade. Condenei a uma morte lenta e dolorosa todos aqueles que ousaram derrubar sobre mim a sua humanidade.
Tenho pena de não o ter acabado.
Em suma, talvez eu não lide muito bem com stress...
No fundo, não devíamos ter de lidar tão frequentemente com stress.
A vida afectiva é a única que vale a pena. A outra apenas serve para organizar na consciência o processo da inutilidade de tudo.
Miguel Torga